Com Vaccari preso, oposição fala em 'PT na cadeia'. E o partido ataca Justiça

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, compareceu ao IML para realizar exame de corpo delito em Curitiba


Depois de ter desqualificado o Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão, tratando como heróis próceres do partido condenados por corrupção, o PT voltou a adotar nesta quarta-feira o conveniente discurso de que seria "vítima" de forças políticas que alega estarem interessadas em destruir a imagem do partido. Apesar dos fartos indícios de que o tesoureiro petista João Vaccari Netorecebeu milhões em propina no escândalo do petrolão, a sigla insiste em dizer que todas as doações do partido são legais. E mais: o líder do partido na Câmara dos Deputados, Sibá Machado (PT-AC), o mesmo que chegou a atribuir à CIA uma suposta campanha de enfraquecimento de governos sul-americanos, disse hoje que a prisão do correligionário é "política".

"Eu acho que a prisão é política. Temos uma posição muito clara sobre Vaccari. Ele não fez nenhum tipo de arrecadação fora do que determina a lei brasileira. Estamos extremamente desconfiados de que há uma orientação deliberada nessas delações premiadas para prejudicar o PT", disse Machado. As investigações da Lava Jato indicam, contudo, que as doações de empreiteiras integrantes do chamado clube do bilhão declaradas pelo PT à Justiça Eleitoral era uma forma de lavagem de dinheiro do petrolão.

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